terça-feira, 10 de setembro de 2019

Uma dor na coluna e a moça amendoada

A pele dela cor de amêndoa atraiu um homem com problema nos ossos; coluna mais precisamente. Nosso instinto sabe melhor quem devemos escolher que nós mesmos. Será? Discutia ele com seus feromônios, enquanto ela passava por ele com um vestido um pouco solto, mas que marcava bem a silhueta bonita de uma grande garota que media um pouco mais que 1,50m de altura. Ousada será? Com essa altura de salto alto, teria ela medo de arriscar algo, mais do que torcer seu lindo tornozelo?

Ele se aproximou dela, a trabalho, pois era o que podia no momento. E viu que mais que remeter a uma fonte de cálcio e magnésio por sua cor, ela também ajudaria a levar os fardos que pesavam nas suas costas. Se ela é forte? Demais! E também pra roubar sua atenção para outra coisas e esquecer da sua coluna. Na verdade, aquela mulher parecia trazer os melhores pesos para seus braços. 

Filho, nossa, ela tem um filho! Passou a vê-la também como ela era como mãe. Aquela pequena tinha mais garras do que leões que ele enfrentará, certamente, o aborreceria algumas vezes, mas também, o protegeria e cuidaria do seu lar, da sua prole. Proativa ela... O que queria mais aquele homem senão ela? "Á vante!" 

Ela aceitou. Ele apaixonado por suas qualidades e atraído pelos desafios de seus defeitos. Ela querendo saber se o jeito que ele organizava as coisas organizaria também (juntamente com ela) sua vida. Não... Mentira! Ela só pensou nisso depois! A moça queria mesmo era saber como era os "manuseios" daquele homem. 

Começaram o romance. Pode-se chamar assim? Não sei muito bem. Mas começaram. Descobriram que há amor onde não se espera, há um encaixe na rotina louca quando se quer, há sonhos que se constroem juntos fazendo traços de cimento e carregando tijolos mesmo cansados; há desafios na personalidade, diferenças gritantes, e sim, essas diferenças gritaram, fizeram-os chorar, se irritar e até questionar o inquestionável. 

Continuaram, se reinventaram, mudaram, se tatuaram para levar em seus corpos marcas mais interessantes em letras e desenhos, mostrando aonde quer que possam ir, o que realmente importa. Se entenderam. Se alinharam mais. Se afastaram! Sim! Para novos desafios, mas estão mais unidos que nunca, porque há propósitos, como também, saudades quando longe, entrelaço quando estão perto.

A falta um do outro fez perceberem que se for pra enfrentar e amar nessa vida, querem fazer isso um com o outro e pelo outro. Casar. Por que? A falta da moça cor de amêndoa deixou o homem até mais magro e fraco também; a falta desse homem, bem, o que deixou? O que ela encontrou sem ele além de saudade? Confesso, eu ainda não sei muito bem. É que não li mais ela. Agora como já estou longe, vou ter que perguntar. 

[...]

"Olá, moça!... Como vai a vida por aí?" 

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