- Só um segundo...
- Que?
- É a minha primeira vez. Eu preciso me concentrar pra respirar melhor.
- Tudo bem.
- Não servem remédios pra ansiedades aqui? Algo pra dormir durante todo o vôo? Pra que serve isso aqui...?
- Moça, fica tranquila. [Falou o homem da poltrona ao meu lado] Por que não vai comer e ouvir música?
- Você está me zoando, não é? Eu ficaria enjoada... Enfim. Desculpe. Estou nervosa. Qual seu nome mesmo?
- Tudo bem. Douglas. E o seu?
- Susana... Quantas vezes já viajou de avião?
E tudo começou a partir desse diálogo. Eu o atropelei em palavras de tão nervosa e ele tinha uma calma... Feito onda que vem forte e chega manso na terra. Assim era ele, viril e sutil. Esqueci meu medo de voar de avião depois daquela voz calmante, daquele jeito interessante... Boca, impossível que beijasse mal, seria? Uma barba bem feita, cabelo baixinho iluminado, um suéter azul escuro contrastando com sua pele bronzeada cor de caramelo; ele falava e eu prestava atenção nos seus traços. Lindo e parece tão saudável. Um relógio no punho e... Não tem aliança?? Perfeito!
Ele também gostou de mim, compartilhamos risos, olhares que falavam mais, um toque na mão, um beijo suave e... Turbulência! Algo aconteceu de errado no avião! Minha vida acabaria ali mesmo nessa tragédia! Logo quando eu conheci o cara que poderia, que poderia realizar um sonho meu! Pedi algo inusitado:
Ele também gostou de mim, compartilhamos risos, olhares que falavam mais, um toque na mão, um beijo suave e... Turbulência! Algo aconteceu de errado no avião! Minha vida acabaria ali mesmo nessa tragédia! Logo quando eu conheci o cara que poderia, que poderia realizar um sonho meu! Pedi algo inusitado:
- Faz sexo a primeira, última e única vez comigo no banheiro?
- Você está louca??
- Ao menos a gente morre feliz!
- Você é louca!
Fitei loucamente ele como quem está no deserto muito tempo e de repente ver água. Sede! Que sede!
Fitei loucamente ele como quem está no deserto muito tempo e de repente ver água. Sede! Que sede!
- Mas vamos! Tentar me desconcentrar disso aqui, eu não sei se consigo! M-o-r-r-e-r feliz, ok?
- Então vamos!
Foi o sexo mais louco e gostoso que eu poderia fazer naquela cabine que balançava tanto que me senti dentro de uma batedeira. Terminamos com uma adrenalina nas alturas! Estávamos no céu, sim estávamos!! E como quem vos fala não veio do além, pois é, eu sobrevivi. Engravidei, realizando assim meu sonho por meio de um fetiche voado: Mãe, sem marido pra intervir e gerar uma educação machista. Feliz. Ele... Bem, morreu, porque o avião caiu mesmo! Mas morreu depois de ter dado continuidade ao seu gene (que pra mim era o que importava).
Desde então não viajei mais de avião; não estar nos meus planos outra gestação agora.
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